domingo, 5 de junho de 2011

Literatura: Barroco - Arantxa Von Appen

Analise das imagens:

Servas fiando e tecendo tecidos para os trajes de suas senhoras.

Homens fortes e trabalhadores espantados com um "homem iluminado"



Homem servindo de servo para outros homens.


  Crianças em roupas e cabelos grandes e adornados.

Análise das músicas:

Primavera - Vivaldi: Passeio em um jardim de rosas; celebração; alegria;
Inverno - Vivaldi: Sedução; troca de olhares; melancolia; tristeza; compaixão;
Outono - Vivaldi: Piquenique; passeio a cavalo; casais dançando; vento levando folhas;

Análise de um soneto:

Mote
De dous ff se compõe
esta cidade a meu ver
um furtar, outro foder.

Gregório de Matos  
- Dous ao invés de dois;
- FF ao invés de F;
- Foder como palavra de baixo calão.

quinta-feira, 5 de maio de 2011



Primeira vez um seminário de moda em Pelotas.O que a cidade ganhou com isso?





Em 2011, ocorreu um seminário de moda em Pelotas, pela primeira vez.
Tenso em vista que teve grandes palestrantes dando grandes esperiencias para as pessoas que foram ao seminário com isso a economia de Pelotas cresceu e a cidade tem tido grande reconhecimento.
Pelotas ta dando valor a moda e conseguindo tirar proveito
tanto para a economia quanto no reconhecimento da cidade .






















Sâmia 

Fim de Semana Voltado à Moda em Pelotas

Neste último sábado, 09/04, tivemos um dia voltado especialmente ao mundo da moda, foi a 17° edição do Moda Pelotas, evento que contou com desfiles de lojistas, estudantes que lançaram suas coleções para o outono/inverno 2011.
Neste evento, tivemos um diferencial que foi o 1° Seminário de Moda, com palestras voltadas à criações, novas tendências e também ao mercado da moda. O seminário teve inicio as 10:00 da manhã e durou até as 18:00, quando as portas foram abertas para o inicio do Moda Pelotas, que foi por volta das 19:00.

Nayra Larissa

domingo, 1 de maio de 2011

Intertextualidade: A Carta de Pero Vaz de Caminha relacionando com a música Índios. - Liene M.

"...Os portugueses comparam os índios à animais a serem "amansados". Bastará que até aqui, como quer que se lhes em alguma parte amansassem, logo de uma mão para outra se esquivavam, como pardais do cevadouro. Ninguém não lhes ousa falar de rijo para não se esquivarem mais. E tudo se passa como eles querem — para os bem amansarmos!..."
"...E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles..."
"...Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos..."
"...E portanto se os degredados que aqui hão de ficar  aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa  tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!..."
Relacionando com a música:
  Todos estes trechos, ou quase todos, retratam tudo que os trechos da carta mostram, os portugueses com agrados, como vinhos e etc. Conseguiram "amansar" os índios para conseguir o que queriam...Aproveitaram-se da inocência dos índios.
  Se aproveitam de sua inocência, conseguiram suas riquezas, mesmo já adquirindo tantas e tantas riquezas. E foi com as mesmas que conseguiram  sua "amizade", enganaram-os , tudo só por interesse.
  Acho que o último trecho da música, Renato sempre se põe no lugar dos índios, e neste, quer dizer que os portugueses tão cristãos e com tanta vontade, também, de tornar os índios cristãos. Mesmo assim, tinham a sua maldade. Indo "contra" Deus, "sua maldade então deixara Deus tão triste...".

Moda Pelotas inovando e avançando - Liene M.


O evento mais esperado para
o público interessado em moda.
Gerou muita curiosidade e expectativa.
Inovou e foi totalmente aprovado.

O maior evento de moda e mais esperado da região de Pelotas trouxe algumas inovações: Promoveu o seu Primeiro Seminário de Moda, trazendo palestrantes de prestígio no universo da moda. Assim, tendo a oportunidade de debater sobre as tendências e sobre este fenômeno mundial, a moda.
Além disso, nas passarelas, as tendências foram lançadas com muita atitude, originalidade e, claro, muito estilo.
  



sábado, 30 de abril de 2011

Primeiro seminário Moda Pelotas.


No dia 9 de abril aconteceu o primeiro seminário Moda Pelotas.
Muitos estudantes participaram e aproveitaram para entender “o que tende a que” e outras aplicações praticas no mercado do vestuário.
A palestra de Anderson L. De souza abriu a manhã. O palestrante envolveu o “público” e uma de suas frases que mais marcou foi : “Tendência é o ato de optar por algo, uma escolha entre várias alternativas, o que tende a alguma coisa.”
Anderson também falou sobre a necessidade e vontade de todos serem jovens. Passou o vídeo “Box 1824-Todos querem ser jovens” ,(mostrado logo abaixo) o qual causou grande entusiasmo entre   os estudantes ali presentes.  
Encerrando o dia de seminários tivemos a palestrante Ângela Aroni,que falou sobre as tendências para o outono inverno 2011.
Foi um dia bem movimentado e importante para a moda pelotense.





a foto acima mostra o palestrante Anderson L. de Souza com as professoras de Vestuário do CAVG e 3 alunas.





Bruna Heinemann


Itertextualizando a música "índios" e a carta de Pero Vaz de Caminha






Para entender a música completamente, é preciso primeiro conhecer o contexto no qual ela foi composta, em 1984: Renato Russo acabava de se recuperar de uma tentativa de suicídio na qual havia cortado os pulsos. O motivo ninguém sabe ao certo. O próprio cantor disse ter sido por acidente, não para se “matar nem nada. Foi frescura, estava bêbado”, foi sua explicação. Por acidente ou não, Renato estava depressivo e parecia estar fazendo um balanço de toda a vida, que lhe passava diante dos olhos, e “Índios” parece ter sido a válvula de escape da época: preto no branco tudo o que ele sentia em relação à vida e ao mundo naquele momento. Foi assim que, a cada estrofe, o cantor citou vários e complexos problemas, não só dele, mas de toda a humanidade.
A primeira estrofe da música faz alusão aos próprios índios colonizados: Quantas pessoas nos roubam nossa essência e dizem que, ao nos doarmos, estamos dando uma prova de amizade: o ouro dos antigos índios?
Os índios só são citados novamente na 12ª estrofe, já próximo da conclusão, dessa vez fazendo alusão ao fato da “inocência”, em seu sentido mais amplo, nos tornar alvos de pessoas corruptíveis, o que nos faz facilmente domesticáveis. Mas a inocência não era pra ser algo bom?
O que estas estrofes querem dizer é que somos todos índios nas mãos dos colonizadores: constantemente enganados, comprados e escravizados, tudo em nome do nosso próprio bem.
Mas não é dos índios que quero falar aqui. Então passemos adiante.
A terceira estrofe é uma das mais interessantes: quem de nós consegue explicar o que ninguém consegue entender? E já pararam pra pensar que os fatos do passado teimam em se repetir no futuro? E os versos mais interessantes: “o futuro não é mais/como era antigamente.” Nestes últimos versos, Renato fala de sonhos e planos que, por mais que os realizemos, nunca são como realmente queríamos. Nosso futuro nunca será exatamente da forma como sonhamos ser.
Os sonhos são citados novamente na décima estrofe. Dessa vez um sonho coletivo: a felicidade plena de todo o mundo. Como realmente seria bom para nós, mesmo que não fosse verdade, “acreditar/ que o mundo é perfeito/ e que todas as pessoas/ são felizes.” Seria um alívio para os mais sensíveis corações humanos, pelo menos “por um instante”.
E o culpado de tudo isso, Renato só apresenta nos dois últimos versos da quinta estrofe: “nos deram espelhos/ e vimos o mundo doente.” Eis que o tumor do mundo está em nós mesmos. Basta olharmos para nossa própria face e veremos que não é a ação de terceiros sobre nós, mas também a ação de nós sobre os outros. Não é só o mal que nos causam, mas o mal que causamos!
E isso nos leva ao assunto principal a ser abordado aqui: o porquê da corrupção da inocência, da frustração diante dos sonhos realizados e da ganância e materialismo citados em outras estrofes da música. A culpa que deriva de nós e nos é apresentada no refrão. Afinal, quem é o “você” pelo qual o cantor suplica no refrão de “Índios“?
“Eu quis o perigo/ e até sangrei sozinho./ Entenda!/ Assim pude trazer/ você de volta pra mim.” É este “você” o único capaz de entendê-lo, “do início ao fim”. Outra parte interessante do refrão é quando Renato diz sentir saudades de tudo o que ainda não viu. Ou seja, de um futuro que nunca existiu, a não ser nos sonhos. E o único capaz de curar essa saudade, seria o mesmo “você” citado acima.
Os dois primeiros versos do refrão são fáceis de entender. Renato havia cortado os pulsos e sangrara sozinho em busca de alguém. Alguém que conseguisse curar suas frustrações. Mas quem? A resposta está nas 6ª e 11ª estrofes, respectivamente:
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.”
 ”Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.”
Sim, a conclusão é exatamente essa: homossexual, alcólatra e viciado em drogas, depressivo e solitário, mesmo rodeado de sua legião de fãs, Renato Russo, naquele momento quase derradeiro, se apegou a Deus. O Deus Único, Católico ou Protestante, não importa.
Renato pode não ter confessado em entrevistas, mas confessou em sua música o motivo daquela tentativa de se matar. Ele estava só. Aquela solidão que nenhum ser humano é capaz de preencher. Renato Russo se sentia afastado de algo superior que antes dava um sentido maior à sua vida. Talvez essa conclusão seja um bocado pretenciosa, mas é apenas a interpretação deste simples orc perante a mente genial de um Monstro da música. No início, a própria conclusão da música parece ser irônica, mas ao fim ela se mostra bem sólida em seu caminho.
Além de um desabafo, “Índios” é um espelho. Ouvir a música nos faz pensar em nós mesmos. Afinal, os males do mundo estão em nós. Todos temos as mesmas frutrações. Nos doamos e nada ganhamos. E quantas vezes nos doam sem nada darmos em troca. Sonhamos e nunca realizamos, pelo menos não como deveria ser. Nos frustramos, nos frustramos e nos frustramos. Em maior ou menor grau, eis o eptáfio de todo ser humano.
Quanto ao motivo pelo qual a música se chama “Índios”, talvez eu não saiba responder, mas Renato, uma vez indagado sobre isso, respondeu: “Essa música não fala sobre índios. Fala sobre ‘Índios’”. E quem são os índios? E quem somos nós?





Após esta interpretação genial, intertextualizar  a música “índios” com a carta de pero vaz de caminha acaba sendo uma missão bem fora de sentido, porém, vamos falar das estrofes intertextualizando com a carta de Pero Vaz de Caminha, sem deixar de lado o lado sentimental e as razões  de Renato Russo.







Vejamos a intertextualização
.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha”

Essa parte fala sobre tudo que os portugueses levaram dos índios.
“Alguns deles traziam arcos e setas; e deram tudo em troca de carapuças e por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes dávamos, e alguns deles bebiam vinho, ao passo que outros o não podiam beber. Mas quer-me parecer que, se os acostumarem, o hão de beber de boa vontade! Andavam todos tão bem dispostos e tão bem feitos e galantes com suas pinturas que agradavam. Acarretavam dessa lenha quanta podiam, com mil boas vontades, e levavam-na aos batéis. E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles.”

“Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda”

essa parte  se refere ás roupas tão diferentes dos índios e dos portugueses. Os índios vestiam poucas roupas, ou até nada cobrindo “suas vergonhas”. Já os portugueses, abusavam de seda e linho que demonstravam uma superioridade, sempre encontrada no vestuário.


“Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.”

Nesta parte o autor faz uma comparação entre o que aconteceu com os índios, de perder o que tinham para os portugueses, dando a entender a relação do Brasil com os EUA , que dominam muitas coisas nossas, e ensinam para as crianças em suas escolas que a Amazônia é deles.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer”.

Nesta parte, o autor refere-se ao costume de quase todas as pessoas , de querer mais do que pode ou precisa ter. Todos nós temos isso na verdade, e os portugueses, já tinham suas terras , mas exploraram os índios levando tudo que eles tinham , os escravisando e obrigando a aprenderem e serem fiéis à religião portuguesa.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.”

Os índios eram simples, mas eram vistos como um lixo. As pessoas são o mais importante de um lugar, mas o lugar era visto sem dar importância ás pessoas. Os portugueses deram coisas fúteis em troca de ouro, trouxeram doenças e inibiram a cultura indígena.
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.”

“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
E sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.”


Nesta parte, temos uma indagação do eulirico para com os portugueses. Porque deveriam crer em um Deus jamais visto antes, que foi morto pelas mesmas pessoas que faziam com que eles cressem neste Deus? Os índios passaram por um período de catequização e foram obrigados a crer neste Deus que os portugueses pregavam.
“E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!”

“Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.”


Nesta parte, conforme a nossa interpretação, o eu lírico para de ser um índio e se torna o próprio Renato Russo que estava passando por um momento difícil em sua vida e reconhece que Deus é o único que poderia entende-lo e preencher o vazio que havia dentro dele.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...”

Nesta parte o autor fala sobre a propaganda enganosa que os portugueses faziam dos índios, por carta, para o governo português.
“E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem fez ali muitas voltas ligeiras, andando no chão, e salto real, de que se eles espantavam e riam e folgavam muito.”
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.”


Como no refrão da música, entendemos que o autor se refere novamente á Deus, que está sendo falado por todos os lados, mas as pessoas insistem em não crer, e não acreditar.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.”

A inocência dos índios era vista nitidamente.

“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.”


Bruna Heinemann e Taína Cavalheiro