domingo, 1 de maio de 2011

Intertextualidade: A Carta de Pero Vaz de Caminha relacionando com a música Índios. - Liene M.

"...Os portugueses comparam os índios à animais a serem "amansados". Bastará que até aqui, como quer que se lhes em alguma parte amansassem, logo de uma mão para outra se esquivavam, como pardais do cevadouro. Ninguém não lhes ousa falar de rijo para não se esquivarem mais. E tudo se passa como eles querem — para os bem amansarmos!..."
"...E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles..."
"...Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos..."
"...E portanto se os degredados que aqui hão de ficar  aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa  tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!..."
Relacionando com a música:
  Todos estes trechos, ou quase todos, retratam tudo que os trechos da carta mostram, os portugueses com agrados, como vinhos e etc. Conseguiram "amansar" os índios para conseguir o que queriam...Aproveitaram-se da inocência dos índios.
  Se aproveitam de sua inocência, conseguiram suas riquezas, mesmo já adquirindo tantas e tantas riquezas. E foi com as mesmas que conseguiram  sua "amizade", enganaram-os , tudo só por interesse.
  Acho que o último trecho da música, Renato sempre se põe no lugar dos índios, e neste, quer dizer que os portugueses tão cristãos e com tanta vontade, também, de tornar os índios cristãos. Mesmo assim, tinham a sua maldade. Indo "contra" Deus, "sua maldade então deixara Deus tão triste...".

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