No dia 9 de abril aconteceu o primeiro seminário Moda Pelotas.
Muitos estudantes participaram e aproveitaram para entender “o que tende a que” e outras aplicações praticas no mercado do vestuário.
A palestra de Anderson L. De souza abriu a manhã. O palestrante envolveu o “público” e uma de suas frases que mais marcou foi : “Tendência é o ato de optar por algo, uma escolha entre várias alternativas, o que tende a alguma coisa.”
Anderson também falou sobre a necessidade e vontade de todos serem jovens. Passou o vídeo “Box 1824-Todos querem ser jovens” ,(mostrado logo abaixo) o qual causou grande entusiasmo entre os estudantes ali presentes.
Encerrando o dia de seminários tivemos a palestrante Ângela Aroni,que falou sobre as tendências para o outono inverno 2011.
Foi um dia bem movimentado e importante para a moda pelotense.
a foto acima mostra o palestrante Anderson L. de Souza com as professoras de Vestuário do CAVG e 3 alunas.
Para entender a música completamente, é preciso primeiro conhecer o contexto no qual ela foi composta, em 1984: Renato Russo acabava de se recuperar de uma tentativa de suicídio na qual havia cortado os pulsos. O motivo ninguém sabe ao certo. O próprio cantor disse ter sido por acidente, não para se “matar nem nada. Foi frescura, estava bêbado”, foi sua explicação. Por acidente ou não, Renato estava depressivo e parecia estar fazendo um balanço de toda a vida, que lhe passava diante dos olhos, e “Índios” parece ter sido a válvula de escape da época: preto no branco tudo o que ele sentia em relação à vida e ao mundo naquele momento. Foi assim que, a cada estrofe, o cantor citou vários e complexos problemas, não só dele, mas de toda a humanidade.
A primeira estrofe da música faz alusão aos próprios índios colonizados: Quantas pessoas nos roubam nossa essência e dizem que, ao nos doarmos, estamos dando uma prova de amizade: o ouro dos antigos índios?
Os índios só são citados novamente na 12ª estrofe, já próximo da conclusão, dessa vez fazendo alusão ao fato da “inocência”, em seu sentido mais amplo, nos tornar alvos de pessoas corruptíveis, o que nos faz facilmente domesticáveis. Mas a inocência não era pra ser algo bom?
O que estas estrofes querem dizer é que somos todos índios nas mãos dos colonizadores: constantemente enganados, comprados e escravizados, tudo em nome do nosso próprio bem.
Mas não é dos índios que quero falar aqui. Então passemos adiante.
A terceira estrofe é uma das mais interessantes: quem de nós consegue explicar o que ninguém consegue entender? E já pararam pra pensar que os fatos do passado teimam em se repetir no futuro? E os versos mais interessantes: “o futuro não é mais/como era antigamente.” Nestes últimos versos, Renato fala de sonhos e planos que, por mais que os realizemos, nunca são como realmente queríamos. Nosso futuro nunca será exatamente da forma como sonhamos ser.
Os sonhos são citados novamente na décima estrofe. Dessa vez um sonho coletivo: a felicidade plena de todo o mundo. Como realmente seria bom para nós, mesmo que não fosse verdade, “acreditar/ que o mundo é perfeito/ e que todas as pessoas/ são felizes.” Seria um alívio para os mais sensíveis corações humanos, pelo menos “por um instante”.
E o culpado de tudo isso, Renato só apresenta nos dois últimos versos da quinta estrofe: “nos deram espelhos/ e vimos o mundo doente.” Eis que o tumor do mundo está em nós mesmos. Basta olharmos para nossa própria face e veremos que não é a ação de terceiros sobre nós, mas também a ação de nós sobre os outros. Não é só o mal que nos causam, mas o mal que causamos!
E isso nos leva ao assunto principal a ser abordado aqui: o porquê da corrupção da inocência, da frustração diante dos sonhos realizados e da ganância e materialismo citados em outras estrofes da música. A culpa que deriva de nós e nos é apresentada no refrão. Afinal, quem é o “você” pelo qual o cantor suplica no refrão de “Índios“?
“Eu quis o perigo/ e até sangrei sozinho./ Entenda!/ Assim pude trazer/ você de volta pra mim.” É este “você” o único capaz de entendê-lo, “do início ao fim”. Outra parte interessante do refrão é quando Renato diz sentir saudades de tudo o que ainda não viu. Ou seja, de um futuro que nunca existiu, a não ser nos sonhos. E o único capaz de curar essa saudade, seria o mesmo “você” citado acima.
Os dois primeiros versos do refrão são fáceis de entender. Renato havia cortado os pulsos e sangrara sozinho em busca de alguém. Alguém que conseguisse curar suas frustrações. Mas quem? A resposta está nas 6ª e 11ª estrofes, respectivamente:
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.”
”Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.”
Sim, a conclusão é exatamente essa: homossexual, alcólatra e viciado em drogas, depressivo e solitário, mesmo rodeado de sua legião de fãs, Renato Russo, naquele momento quase derradeiro, se apegou a Deus. O Deus Único, Católico ou Protestante, não importa.
Renato pode não ter confessado em entrevistas, mas confessou em sua música o motivo daquela tentativa de se matar. Ele estava só. Aquela solidão que nenhum ser humano é capaz de preencher. Renato Russo se sentia afastado de algo superior que antes dava um sentido maior à sua vida. Talvez essa conclusão seja um bocado pretenciosa, mas é apenas a interpretação deste simples orc perante a mente genial de um Monstro da música. No início, a própria conclusão da música parece ser irônica, mas ao fim ela se mostra bem sólida em seu caminho.
Além de um desabafo, “Índios” é um espelho. Ouvir a música nos faz pensar em nós mesmos. Afinal, os males do mundo estão em nós. Todos temos as mesmas frutrações. Nos doamos e nada ganhamos. E quantas vezes nos doam sem nada darmos em troca. Sonhamos e nunca realizamos, pelo menos não como deveria ser. Nos frustramos, nos frustramos e nos frustramos. Em maior ou menor grau, eis o eptáfio de todo ser humano.
Quanto ao motivo pelo qual a música se chama “Índios”, talvez eu não saiba responder, mas Renato, uma vez indagado sobre isso, respondeu: “Essa música não fala sobre índios. Fala sobre ‘Índios’”. E quem são os índios? E quem somos nós?
Após esta interpretação genial, intertextualizar a música “índios” com a carta de pero vaz de caminha acaba sendo uma missão bem fora de sentido, porém, vamos falar das estrofes intertextualizando com a carta de Pero Vaz de Caminha, sem deixar de lado o lado sentimental e as razões de Renato Russo.
Vejamos a intertextualização
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“Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha”
Essa parte fala sobre tudo que os portugueses levaram dos índios. “Alguns deles traziam arcos e setas; e deram tudo em troca de carapuças e por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes dávamos, e alguns deles bebiam vinho, ao passo que outros o não podiam beber. Mas quer-me parecer que, se os acostumarem, o hão de beber de boa vontade! Andavam todos tão bem dispostos e tão bem feitos e galantes com suas pinturas que agradavam. Acarretavam dessa lenha quanta podiam, com mil boas vontades, e levavam-na aos batéis. E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles.”
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda”
essa partese refere ás roupas tão diferentes dos índios e dos portugueses. Os índios vestiam poucas roupas, ou até nada cobrindo “suas vergonhas”. Já os portugueses, abusavam de seda e linho que demonstravam uma superioridade, sempre encontrada no vestuário.
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.”
Nesta parte o autor faz uma comparação entre o que aconteceu com os índios, de perder o que tinham para os portugueses, dando a entender a relação do Brasil com os EUA , que dominam muitas coisas nossas, e ensinam para as crianças em suas escolas que a Amazônia é deles. “Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer”.
Nesta parte, o autor refere-se ao costume de quase todas as pessoas , de querer mais do que pode ou precisa ter. Todos nós temos isso na verdade, e os portugueses, já tinham suas terras , mas exploraram os índios levando tudo que eles tinham , os escravisando e obrigando a aprenderem e serem fiéis à religião portuguesa. “Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.”
Os índios eram simples, mas eram vistos como um lixo. As pessoas são o mais importante de um lugar, mas o lugar era visto sem dar importância ás pessoas. Os portugueses deram coisas fúteis em troca de ouro, trouxeram doenças e inibiram a cultura indígena. “Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.”
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
E sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.”
Nesta parte, temos uma indagação do eulirico para com os portugueses. Porque deveriam crer em um Deus jamais visto antes, que foi morto pelas mesmas pessoas que faziam com que eles cressem neste Deus? Os índios passaram por um período de catequização e foram obrigados a crer neste Deus que os portugueses pregavam. “E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!”
“Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim. E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.”
Nesta parte, conforme a nossa interpretação, o eu lírico para de ser um índio e se torna o próprio Renato Russo que estava passando por um momento difícil em sua vida e reconhece que Deus é o único que poderia entende-lo e preencher o vazio que havia dentro dele. “Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...”
Nesta parte o autor fala sobre a propaganda enganosa que os portugueses faziam dos índios, por carta, para o governo português. “E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem fez ali muitas voltas ligeiras, andando no chão, e salto real, de que se eles espantavam e riam e folgavam muito.” “Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.”
Como no refrão da música, entendemos que o autor se refere novamente á Deus, que está sendo falado por todos os lados, mas as pessoas insistem em não crer, e não acreditar. “Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.”
A inocência dos índios era vista nitidamente.
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.”
A Carta de Pero Vaz de Caminha foi o primeiro documento oficial sobre o Brasil e a primeira demonstração oficial de "puxa-saquismo" de nossa história.
E esta é a comparação da carta, com a música Índios do Legião Urbana:
"Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.”
- Alguns deles traziam arcos e setas; e deram tudo em troca de carapuças e por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes dávamos, e alguns deles bebiam vinho, ao passo que outros o não podiam beber. Mas quer-me parecer que, se os acostumarem, o hão de beber de boa vontade! Andavam todos tão bem dispostos e tão bem feitos e galantes com suas pinturas que agradavam. Acarretavam dessa lenha quanta podiam, com mil boas vontades, e levavam-na aos batéis. E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles.
- Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!
- E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem fez ali muitas voltas ligeiras, andando no chão, e salto real, de que se eles espantavam e riam e folgavam muito.
- Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que — para o bem contar e falar — o saiba pior que todos fazer!
Achei um video legal do comercial do Correios, que fala da Carta.
O longo dia de Moda Pelotas que aconteceu neste sábado (09/04) no Centro de Eventos Fenadoce, começou cedo. Além de trazer as novas propostas de moda para a região e as grifes locais Fold Glue, Medlym e Ideia de Elefante, o evento promoveu o 1º Seminário do Moda Pelotas para debater o mercado do mundo fashion.
De acordo com os participantes do evento, a palestra da consultora do site Use Fashion Ângela Arone, foi a mais esperada. Além dela, outros palestrantes como o Anderson Souza e o Adriano Braga rechearam a longa tarde de palestras.
Quem assistiu as palestras, além da quantidade de informações adquiridas, ainda teve alguns privilégios como ficar por dentro do backstage e ter cadeira vip para os desfiles. (Pâmela Seyffert)
Larissa Medeiros, Raquel Souza. A Carta, de Pero Vaz de Caminha é considerada a certidão de nascimento do Brasil embora, dado o segredo com que Portugal sempre envolveu relatos sobre sua descoberta, só fosse publicada no século XIX, pelo Padre Manuel Aires de Casal em sua "Corografia Brasílica", Imprensa Régia, Rio de Janeiro1817.
Achei um video na internet, que se chama "A moderna carta de Pero Vaz de Caminha" que fala sobre o Brasil, do carnaval e etc; e que pro sinal é bem engraçado. http://www.youtube.com/watch?v=WFuxVG7BgII
Achei interessante uma parte da carta que fala assim: " a feição deles é serem pardos, da maneira avermelhada, de bons narizes, bem-feitos. Andam nus sem nenhuma cobertura" Fiquei pensando que a primeira "população" do brasil foram os indios, então nos teriamos que ser um pouco mais parecidos com indios, mas é que a miscigenação entre os indios e portugueses e assim entre outros povos que que surgiu a grande população brasileira.
Em nove de abril, houve em Pelotas uma ascensão da moda local e de fora por meio do maior evento de moda da região o Moda Pelotas. Grifes recentemente lançadas e novas grifes, quase todas saídas diretamente do curso de Designer de Moda da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), mostraram para todos que compareceram, suas novas coleção e conceitos. Entre elas, houve destaque para a nova marca da cidade de Pelotas, a Medley, grife que aposta no estilo hip-hop com toques de skate e modelagens inspiradas nas roupas esportivas americanas, direcionada para os homens que se interessam em dar um toque de moda nos seus guarda-roupas.
01 – Carta de Pero Vaz de Caminha: O que tem em comum com a letra da música Índios – Legião Urbana e o “diálogo” na carta?
• “... Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três.” = “E quando se veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles se levantaram conosco, e alçaram as mãos, estando assim até se chegar ao fim; e então tornaram-se a assentar, como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim como nós estávamos, com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados que certifico a Vossa Alteza que nos fez muita devoção.”
• “Como a mais bela tribo dos mais belos índios...” = “ A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.”
• “Nos deram espelhos...” = “Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem...”
• Exemplo da relação dos portugueses com os índios é o filme Caramuru, A Invenção do Brasil
Índios!Povo guerreiro, povo da terra, povo da nossa gente!
Quiseram te acabar, mas sois forte!
Somos o povo, somos a mistura...
Somos simplismente,
Quiseram nos acabar mas ainda estamos aqui!
Estamos em ti ou em qualquer lugar!
Somos a mina de ouro desse "mundo tão rico"...
E nem um muito obrigado...
No dia 09 de abril, houve no Centro de Eventos Fenadoce, mais uma edição do Moda Pelotas Outono/Inverno.Contou com muitas marcas daqui de Pelotas, algumas recentemente surgidas, de ex- estudantes do curso de Moda da UCPEL, a maioria. Tendências e estilos rolaram soltos, pela passarela e por quem foi assistir de pertinho, os e espetáculos nos tecidos.
As meninas que participaram do Seminario Moda Pelotas, nos contam suas prioridades na composição dos looks para o evento.
Muitas usaram salto altissimo, umas usaram tênis pela manhã e salto a tarde. Meias calça e vestidos, vária estampas, entre elas oncinha, zebrinha poa, foram o destaque do desfile.
Era um dia ensolarado num terra desconhecida, que futuramente iria se chamar “Brasil”. Nesta terra, havia habitantes desconhecidos, porém muito alegres e felizes com tudo o que tinham: uma terra maravilhosa e a liberdade.
Apesar de toda a tranquilidade que desfrutavam estes habitantes, num certo dia, ela se findou. Neste dia, ensolarado ou não, navegações portuguesas atracaram em uma baía, agora chamada de Porto Seguro. Ao andarem pelas terras recém-encontradas, percebem os nativos e seus costumes diferentes e inusitados, logo se encantam pelas maravilhas daquela terra, logo a chamando de paraíso... e os nativos, bom...isto veremos ao longo do texto...
Havia um homem abordo da navegação que tinha sido designado a contar todos os fatos e acontecimentos ocorridos nesta expedição, este enviaria uma carta ao rei com todos os detalhes do que vira, e, séculos mais tarde, o conheceríamos pela Carta de Pero Vaz de Caminha, que respectivamente a fez. Nesta carta, vemos uma parte do que este escreveu, contando seu ponto de vista sobre a nova terra descoberta e seus ilustres habitantes:
“Viu um deles umas contas de rosários, bancas; fez um sinal que lhas desses, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do capitão, como se dariam ouro por aquilo.” (A Carta, de Pero Vaz de Caminha, pág. 4)
Com vimos, esta foi a propaganda, digo enganosa, que veio ser feita do nosso presente país...
Em contrapartida a esta carta, vemos uma música composta por uma banda nacional em meados dos anos 80, que protesta contra o que esta carta dizia, fala sobre o que não foi dito e sim omitido: a opinião dos próprios nativos, ao serem expulsos da própria terra, de morrerem por culpa das doenças trazidas destes conquistadores europeus e ainda a violência que enfrentaram ao não cederem perante maus tratos e a escravidão... neste pequeno trecho da música, vemos um pouco sobre isto:
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha”
(música Índios, Legião Urbana, 1986)
Analisando estes dois trechos, vemos duas opiniões e dois lados. Vemos a opinião de quem a muito tem, mas mesmo assim procura ter mais ainda do que possui pensado ou não nas consequências futuras. De outro lado, temos pessoas inocentes que foram vítimas de uma colonização de exploração, que sofreu por perder tudo o que tinha e por virar escravo, perder seu espaço, boa parte de sua cultura, tendo consequências que ainda duram, mesmo 511 anos depois de todo o acontecimento deste “achamento” do Brasil.
Bom, no que concluo estes pensamentos, percebo que a música conseguiu mostrar o que não havia sido dito até então pelo relato da carta, e que sempre nos lembraremos das inúmeras consequências destes atos incalculados.